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Segunda edição do Painel El Niño 2023-2024 está disponível no site da ANA

A edição de outubro do boletim Painel El Niño 2023-2024 já está disponível no site da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Produzida em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (CENAD), a publicação atualiza mensalmente as informações sobre o monitoramento, previsões e impactos do fenômeno climático no Brasil.

O documento é resultado do trabalho realizado em parceria pelos órgãos nacionais responsáveis pelo monitoramento, regulação do uso das águas, gestão de riscos e previsão do clima e tempo. Mensalmente o conteúdo será atualizado para disponibilizar informações mais atualizadas acerca do fenômeno e, assim, apoiar os órgãos federais e estaduais na tomada de decisões.

O El Niño é um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento da superfície do Oceano Pacífico e alteração nos padrões de circulação atmosférica em todo o planeta. Desde junho as condições de temperatura da superfície do mar mostram um padrão típico do fenômeno, com uma faixa de águas quentes em grande parte do oceano Pacífico equatorial, com anomalias superiores a 3°C próximo a costa da América do Sul.

No Brasil, estão sendo observadas chuvas abaixo da média nas regiões Norte e Nordeste, e chuvas acima da média na região Sul, resultando na ocorrência de secas e inundações mais severas. Esses aspectos são objeto de monitoramento mensal pelo Painel El Niño 2023-2024.

De acordo com o boletim, os efeitos do fenômeno climático têm sido observados na Região Sul do Brasil, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com o maior volume de chuva acumulada, que durante o mês de setembro foram superiores a 450 mm em alguns pontos. Na maior parte dos demais estados do País houve redução das chuvas.

O boletim ainda aborda a situação e os impactos sobre os recursos hídricos. Na Região Sul, os níveis de água dos rios atingiram cotas de alerta e inundação em diversos pontos, como nas bacias dos rios Uruguai, rio Taquarai-Antas, Caí, e em Santa Catarina, onde ocorreram danos que afetaram 149 municípios, deixando 26.185 desabrigados e 6 óbitos.

De agosto para setembro, o Monitor de Secas indicou o avanço e o agravamento da condição de seca no Norte e no Nordeste, com destaque para uma grande área de seca grave no Amazonas. As vazões continuam diminuindo em rios que desaguam no rio Amazonas, com impactos sobre a navegação em pontos dos rios Purus, Juruá, Madeira, Solimões e Negro. As vazões naturais no rio Madeira em Porto Velho apresentam valores 51% abaixo da média para o mês (era 35% no último boletim), e no rio Xingú, 23% abaixo da média para o mês. O nível da água em Porto Velho atingiu o valor mais baixo já registrado desde 1967, levando a ANA a declarar situação crítica de escassez hídrica. O nível da água do rio Negro em Manaus também atingiu o menor valor já registrado desde 1902.

A publicação também revela que o armazenamento nos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) teve pequena redução e atingiu 68,4%.

De acordo com o boletim, as previsões indicam a continuidade do fenômeno, com intensidade forte nos próximos três meses, sendo que o pico de intensidade deve ocorrer entre os meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024. O Painel El Niño 2023-2024 é disponibilizado mensalmente em: https://www.gov.br/ana/pt-br/sala-de-situacao/todos-os-boletins-mensais-1/todos-os-boletins-mensais/todos-os-boletins-mensais

Fonte: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)

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