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ANA acredita que em dezembro deste ano, Barragem Armando Ribeiro atinge o volume morto

Se continuar soltando um volume de aproximadamente 5m³/s, a barragem Armado Ribeiro Gonçalves deve atingir seu volume morto no mês de dezembro de 2017. Essa estimativa técnica foi apresentada pela Agência Nacional de Águas – ANA durante a reunião anual do Termo de Alocação de Água que aconteceu no dia 01 de agosto, no auditório da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN, em Assú/RN. Com base nessa informação, a ANA tem adotado medidas para que a água seja utilizada, em seus múltiplos usos, da maneira mais adequada possível.

“Desde 2013, quando percebemos que estávamos no meio de uma crise hídrica, que a gente vem trabalhando com as restrições de uso da água para a irrigação, que são as finalidades menos prioritárias de acordo com a Lei 9.433. Fizemos uma primeira regra de restrição de horário, em 2014, e depois, em 2015, sentimos por necessidade restringir ainda mais haja vista não ter tido recarga suficiente. Portanto, é dessa forma, trabalhando com restrição de uso da água e adaptação das captações para abastecimento múltiplo, que estamos cuidando do açude”, explicou Wesley Gabrieli, coordenador de marcos regulatórios e alocação da Agência Nacional de Águas.

Construída pelo Dnocs na década de 1980, o maior reservatório do Rio Grande do Norte, tem enfrentado as piores baixas dos últimos anos. Como mostra no gráfico da ANA, em janeiro de 1985, a ARG atingiu seu volume máximo, que é de 2,4 bilhões m³. Entre 2002 e 2004 chegou a atingir uma cota de 45,95m, o equivalente a 1.094 m³. Contudo, voltou a receber água e atingiu seu volume total em 2011, último ano antes da seca prolongada. A partir de 2013, a barragem teve seu volume caído constantemente, em virtude da estiagem prolongada. Em 2016 chegou a sua segunda pior cota da história com 39,11 m, equivalente a 506 m³ de água e agora, em 2017, já atingiu sua terceira e maior queda hídrica da história com aproximadamente 408,96 m³, o equivalente a 17,04% do volume total.

“Estamos tomando uma série de medidas de gestão e estrutural, como a limpeza no curso da água, sempre como apoio do comitê de bacia, para poder postergar a vida útil do reservatório”, disse Wesley.

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