Alguns problemas e suas respectivas soluções estão sendo apontadas pela população que mora na bacia do Piranhas-Açu, durante as oficinas do Macrozoneamento Ecológico-Econômico que estão acontecendo nas cidades potiguares integrantes da bacia. Já foram feitos encontros nos municípios de Macau (02/07) e Assú (03/07). Nesta quinta-feira (04/07) foi a vez da cidade de Caicó, que recebeu representantes da sociedade civil, poder público e autoridades. Ainda nesta primeira etapa, as oficinas vão acontecer em Parelhas (09/07), Currais Novos (10/07) e Lagoa Nova (11/07).
O zoneamento, realizado pelo Governo do Estado com recursos do empréstimo do Banco Mundial, dividirá em zonas a área de 17.509 km2 da bacia, que abrange 47 municípios potiguares. O projeto pretende disciplinar o uso das águas, que atualmente servem ao abastecimento de vários municípios da região, além de sustentar atividades econômicas como pesca, agricultura familiar e a fruticultura irrigada. O objetivo é conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental, combatendo os problemas existentes e prevenindo danos futuros.
“Com o macrozoneamento, nós vamos buscar equilibrar os três pilares do desenvolvimento sustentável, que é a questão social, econômica e ambiental. O benefício principal para a população é vai servir de instrumento para as pessoas que vivem aqui na bacia, principalmente os que produzem. Ao final desse trabalho vai ser emitido um relatório para o Governo do RN e produzido cartilha popular, com poucos termos técnicos, para as pessoas entenderem o resultado do trabalho”, explicou Luiz Cristoff, responsável pelo projeto.
O documento elencando os problemas identificados e as soluções sugeridas será debatido em outro ciclo de oficinas, em novembro e dezembro próximos. Daí sairá o texto final, a ser transformado em sugestão de projeto de lei para votação na Assembleia Legislativa. “A lei vai traçar diretrizes na bacia e servirá aos municípios na busca de investimentos e de isenções fiscais, o que vai proporcionar desenvolvimento para a região”, finalizou Luiz Cristoff.