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Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Piancó-Piranhas-Açu destaca desafios e avanços na gestão hídrica durante o 1º ERCOB em João Pessoa/PB

Na tarde desta segunda-feira (27), o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Piancó-Piranhas-Açu, Ricardo Ramalho, participou de uma mesa redonda no I Encontro Regional dos Comitês de Bacias Hidrográficas (ERCOB) em João Pessoa, Paraíba. O evento abordou o tema “Relacionamento do Comitê de Bacia Hidrográfica do São Francisco e os comitês das Bacias Receptoras do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF)”, contando com a presença de José Maciel Nunes de Oliveira, presidente do CBHSF, Jorge Pinto Filho, presidente do CBH Apodi, e Wyldevânio Vieira da Silva, presidente do CBH Rio Salgado.

Ramalho destacou a importância do processo democrático na gestão dos recursos hídricos e os avanços significativos alcançados na bacia e enfatizou a responsabilidade da nova diretoria do CBH PPA, composta por representantes da indústria, usuários, instituições de pesquisa e ensino, e poder público, em apoiar a gestão integrada da bacia.

Durante seu discurso, Ricardo Ramalho descreveu a complexidade da bacia do Piancó-Piranhas-Açu, que abrange uma área de 42.000 km² e uma população de 1,5 milhão de habitantes em 147 municípios dos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba. Ele mencionou os desafios enfrentados devido às mudanças climáticas extremas e a necessidade de uma gestão eficaz dos recursos hídricos.

O presidente destacou problemas recentes, como o atraso na modernização das tomadas de água da barragem de Engenheiros Ávidos em Cajazeiras/PB, que afetou a alocação de recursos hídricos e causou inundações. Ele elogiou a implementação das comissões de alocação negociada, que ajudam a resolver conflitos locais por meio do diálogo e da mediação.

Ricardo Ramalho defendeu a necessidade de fortalecer os comitês de bacias, afirmando que eles devem ser protagonistas nas discussões sobre mudanças climáticas e gestão de recursos hídricos. Ele sugeriu que os comitês tenham mais poderes deliberativos, como a capacidade de veto em grandes obras hídricas que possam prejudicar a bacia.

O presidente concluiu sua fala reafirmando o compromisso com a gestão integrada e participativa dos recursos hídricos, destacando a importância da colaboração entre os comitês de bacias e a necessidade de recursos e atenção dos governos para enfrentar os desafios climáticos e hídricos futuros.

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