Em reunião provocada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Piancó-Piranhas-Assu, nesta terça-feira (22) no escritório da CAERN em Natal, foram discutidas várias alternativas para ajudar no abastecimento das cidades do Seridó. Da reunião participaram o presidente e toda diretoria técnica da Caern, secretário da Semarh, Diretor Presidente do IGARN, representante da prefeitura e Câmara municipal de Caicó e Presidente da AMSO.
Na reunião o presidente do CBH-PPA, José Procópio de Lucena fez uma exposição para os presentes das alocações de água realizada em reservatórios do Seridó e das propostas elencadas nestas reuniões para dar maior segurança hídrica aos sistemas de abastecimento d’água da região, em especial para Caicó.
Procópio concluiu que o problema não é simplesmente de água, mas também de vontade política, recursos financeiros e projetos que precisam ser concluídos, com possibilidades de abastecer as cidades da região.
Pelo menos três sistemas-adutores estiveram na pauta discutida na reunião de hoje. Um deles o da Serra de Santana que tem possibilidade de abastecer várias cidades, o outro o sistema-adutor de Parelhas, com condições de abastecer Jardim do Seridó, Ouro Branco, São José do Seridó e Cruzeta, e o sistema-adutor da Barragem Carnaúba, que quando estiver concluído irá abastecer as cidades de Caicó, São Fernando e Timbaúba dos Batistas.
“O projeto da adutora está sendo concluído. A adutora custará em torno de 11,5 milhões de reais e terá uma vazão de 260 m3/h. Daqui a trinta dias a Caern vai apresentar todos os detalhes da adutora, e sugerimos que a apresentação seja em uma audiência pública, na Câmara Municipal de Caicó. E ai começa uma batalha para buscar recursos, porque não há possibilidade de aumentar a vazão da adutora emergencial, e a partir de Outubro vamos ter que dividir esse abastecimento com São Fernando, Jardim de Piranhas e Timbaúba dos Batistas. A única solução para esse sistema voltar a ter um nível de segurança, é a Barragem de Carnaúba, que daria para uns 19 meses de abastecimento”, explicou Procópio.
Os orçamentos para todos estes sistemas-adutores da região do Seridó chegam a 50 milhões de reais, dinheiro esse que na opinião de Procópio só será viabilizado, se houver uma mobilização de todos os segmentos da sociedade, comitês, prefeitos, vereadores, deputados federais e estaduais, governos, Igrejas, associações, no sentido de cobrarem dos governos a liberação destes recursos.
“Agora é a hora do povo do Seridó soltar sua voz, se articular, se organizar para que essas propostas que foram apresentadas saírem do papel. Tecnicamente elas estão sendo concluídas, mas faltam recursos para a sua implementação”, finalizou.