Paralelo ao enfretamento da crise hídrica no Vale do Açu, a Agência Nacional de Águas – ANA já trabalha com o outro lado da bacia do Piranhas-Açu, que é o estado da Paraíba. Apesar de acreditar em boas perspectivas de inverno para 2018, os técnicos da ANA já enviaram para o Ministério da Integração Nacional um projeto de adutoras para utilizar a água do Açude Curemas, que deve entrar em seu volume morto no início do próximo ano. A informação foi confirmada pelo superintendente adjunto de regulação da ANA, Patrick Thomas, em entrevista à imprensa.
“Estamos com a fiscalização intensificada em toda a região e já foram suspensos todos os usos não prioritários. Tem também a proposta de adutoras para garantir o abastecimento humano utilizando o volume morto do Curemas e do Mãe D’Água que está em análise no Ministério da Integração Nacional. Além disso, vamos acompanhar a situação e, à medida que o quadro for evoluindo, vamos adotar outras medidas”, ressaltou o superintendente adjunto da ANA, Patrick Thomas.
Cenário atual na Paraíba
Apesar de já propor uma espécie de plano B para 2018, a ANA continua atuando na Paraíba com o atual volume do sistema Curema-Mãe D’Água. De acordo com Wesley Gabriely, coordenador de marcos regulatórios e alocação de água da instituição, o reservatório paraibano libera uma descarga de 1,5m³/s para atender aos municípios paraibanos.
“Essa é menor vazão já praticada nesse reservatório nesta época do ano. Vamos ver se a gente consegue sustentar isso até a próxima quadra chuvosa. Vai ser difícil, vai ser um desafio, uma vez que a gente sabe que os meses mais quentes ainda estão por vir, que são outubro, novembro e dezembro. Contudo, estamos trabalhando com rodízios, combate a perda da água, hidrometração e outras medidas para continuar liberando essa vazão e, com isso, chegar até a próxima quadra chuvosa”, destacou.