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Presidente do IGARN alerta: RN perdeu 11% de sua capacidade hídrica no período de chuvas

Durante o 1º Encontro de Diálogos Institucionais no IFRN de Ipanguaçu, o diretor-presidente do IGARN (Instituto de Gestão das Águas do RN), José Procópio de Lucena, trouxe dados preocupantes sobre a situação hídrica do estado. Segundo ele, o Rio Grande do Norte perdeu 11% de sua capacidade de armazenamento de água justamente durante o período chuvoso, entre janeiro e maio de 2025. A capacidade total dos reservatórios caiu de 61% para apenas 50% — um dado que, segundo o especialista, exige “atenção redobrada e políticas públicas consistentes”.

Procópio contextualizou o histórico da gestão das águas no Brasil, lembrando que os grandes sistemas foram pensados inicialmente para abastecer cidades e projetos de irrigação concentrados, deixando comunidades rurais dispersas à margem. Ele exaltou o Programa de Cisternas, que classificou como “a maior ação de distribuição de água do mundo”, responsável por uma revolução silenciosa no semiárido: “Reduziu mortalidade infantil e tirou milhões de mulheres do sofrimento de carregar lata d’água na cabeça”.

Ainda segundo o presidente do IGARN, o estado conta hoje com cerca de 30 mil pontos de água, dos quais 70 reservatórios estratégicos são monitorados. Esses acumulam, atualmente, 2,6 bilhões de metros cúbicos de água, frente a uma capacidade total de 5,2 bilhões.

Além dos dados, Procópio destacou ações concretas em andamento pelo Governo do RN:
• R$ 18 milhões estão sendo investidos na recuperação de 28 reservatórios, dentre eles o Açude de Pataxó, com recursos próprios, sem depender de emendas parlamentares.
• O Sistema Adutor do Seridó está sendo executado e interligará 25 cidades, promovendo segurança hídrica na região.
• O Sistema Adutor do Agreste Potiguar também foi anunciado, com R$ 500 milhões já garantidos pelo Governo Federal.
. R$ 20 milhões para estudar grandes projetos de infraestrutura hídrica no Estado, dentre elas perenização do Rio Apodi e Projeto Adutor para interligar do Médio e Alto Oeste.

Procópio finalizou reafirmando a necessidade de luta popular para garantir acesso à água de qualidade:

“Água é mais do que um recurso natural. Ela é dignidade, cidadania, comida na mesa e liberdade para o povo do semiárido. Democratizar a água é garantir a vida”, afirmou, emocionado.

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